Manifesto da Saúde Bucal

Em 2003, mais de 30 milhões de brasileiros nunca tinham tido uma única consulta odontológica na vida. Nosso país produzira mais de 20 milhões de pessoas edêntulas, por nunca ter investido o adequado em saúde bucal.
Havia menos de 4.200 Equipes de Saude Bucal (ESB) implantadas e, à época, o Ministério da Saude limitava as Equipes de Saude Bucal à metade das Equipes de Saude Família (ESF). Por essa razão, uma das grandes reivindicações era igualar o numero de ESB e ESF.
Antes do Governo Lula, a saúde bucal não fazia parte das prioridades do Ministério da Saúde. Apresentava um desempenho débil, apesar de dispormos de mais de 220 mil profissionais em todo o país, de contarmos com uma significativa capacidade instalada para tratamento dentário, e de convivermos com graves problemas de saúde bucal, causando infecções, dores e sofrimento, sobretudo nos grupos de baixa renda e escolaridade da nossa população.
A saúde bucal é parte inseparável da saúde geral e está relacionada diretamente com as condições de vida das pessoas. Não depende apenas de assistência odontológica ou de acesso aos especialistas dessa área da saúde. Por isso, ao retirar mais de 30 milhões de pessoas da linha da miséria, como fez o Governo Lula, criaram-se as condições para melhorar a saúde bucal.
Recuperar o interesse do governo pela saúde bucal da população é, portanto, buscar a inclusão social. É não permitir que, por desdentado, o desempregado seja discriminado na fila por um emprego. É reconhecer a dignidade das pessoas, valorizá-las, não permitir que sejam humilhadas ou motivo de piadas e chacotas.
Por isso, em 2004 o Governo Lula, cumprindo um dos seus compromissos de campanha, lançou o Brasil Sorridente, que é fruto de uma luta histórica de milhares de profissionais de saúde, pesquisadores, estudantes e de setores organizados da sociedade que tinham, e mantêm firme, um sólido compromisso com a construção de políticas publicas de saúde bucal.
Nesse sentido é preciso reconhecer que foram estratégicos os investimentos do governo federal no Brasil Sorridente.
Os recursos investidos em saúde bucal foram aumentados em mais de dez vezes, o que é algo sem precedentes na história do Ministério da Saúde. Além da expansão dos serviços oferecidos, reorientou-se o modelo de atenção à saúde bucal e se realizou uma verdadeira revolução no plano assistencial. Com o Brasil Sorridente, foram implantadas mais de 15 mil Equipes de Saúde Bucal, atuando em 85% dos municípios. Houve, neste mesmo período, um acréscimo na cobertura populacional de 60 milhões de pessoas, totalizando mais de 72 milhões de pessoas cobertas por estas equipes. O Brasil está expandindo, em ritmo acelerado, com apoio e coordenação do Ministério da Saúde, a fluoretação das águas de abastecimento público.
O Brasil Sorridente implantou mais de 600 estações de fluoretação.
A cada dia, aproximadamente 15 mil pessoas passam a receber pela primeira vez água fluoretada no Brasil. Também foram criados serviços inéditos no SUS, como os Centros de Especialidades Odontológicas (CEO) do Brasil Sorridente.
Nos últimos oito anos foram implantados mais de 850 CEO, em mais de 700 municípios. Esses Centros que passaram o oferecer serviços especializados como endodontia, periodontia, odontopediatria, cirurgia e prótese.
Também foram implantados mais de 600 laboratórios de Prótese. Essa política do governo Lula gerou uma expansão enorme no mercado de trabalho para os profissionais da Odontologia. Desde a implantação do Brasil Sorridente, o SUS absorveu mais de 30 mil novos Cirurgiões Dentistas e Auxiliares de Saúde Bucal, Técnicos de Saúde Bucal e Protéticos.
Dessa forma, entre 2003 e 2008, diminuiu em 37% a porcentagem de brasileiros que não tinham e passaram a ter acesso ao cirurgião-dentista. Mais de 20 milhões de pessoas que nunca tinham entrado num consultório odontológico puderam fazer isto.
Tendo em vista a realização, no próximo dia 31, do segundo turno das eleições à Presidência da República, defendemos a continuidade desse trabalho, de enorme impacto e significado para a população, sobretudo os pobres, apoiando a eleição de Dilma Roussef. Dilma é a candidata que reúne as qualidades e o histórico político que garantirá a continuidade da Política Nacional de Saude Bucal.
Seu compromisso público não se limita apenas a manter o Brasil Sorridente, mas ampliá-lo. Por isso, apoiamos Dilma para Presidente e pedimos que essa mensagem seja divulgada em cada rincão desse país.
A eleição de Dilma é a garantia de que a saúde bucal continuará a ser um direito de todos e um compromisso com a vida plena.
Não votar em Dilma significa, ao contrário, optar pelo retrocesso do Brasil Sorridente e pela desvalorização da Odontologia.
Assinaturas de apoio ao manifesto:
1. Adelaide Cabral
2. Afra Suassuna Fernandes - IMP
3. Ana Paula Sóter - IMP
4. Antônio de Holanda Sá Neto
5. Carlos Botazzo – FOUSP
6. Carolina Rocha – Cirurgiã Dentista
7. Cassius Torres – UFPR
8. Christian Mendez Alcântara – UFPR
9. Danilson Ferreira da Cruz – Cirurgião Dentista
10. Eder Magno de Oliveira – Hospital Mario Gatti
11. Edson Hilan G. Lucena
12. Edson Xavier L. de Araújo
13. Estela Feitoza
14. Gabriela Gaspar – Mestranda em Saúde Coletiva FOP-UPE
15. Gilberto Pucca – UEM
16. Gustavo Couto - IMP
17. Humberto Antunes
18. Humberto Costa – Senador Eleito
19. Idiana Luvison – Grupo Hospitalar Conceição – POA/RS
20. Jacqueline Danielly Moema Chaves da Costa – Cirurgiã Dentista
21. Lourenço Henrique Araújo de Holanda Sá – Cirurgião Dentista
22. Marco Antonio Manfredini -
23. Marco Aurélio Peres – UFSC
24. Nilcema Figueiredo – UFPE
25. Paulo Capel Narvai – Faculdade de Saúde Pública - USP
26. Paulo Góes – FOP-UPE
27. Petrônio Marteli – Associação Caruaruense de Ensino Superior
28. Reneide Muniz da silva - IMP
29. Rômulo Gomes dos Anjos – Cirurgião Dentista
30. Ronald Cavalcanti – Cirurgião Dentista
31. Silvana S. da Silva Pereira – ANS
32. Tereza de Jesus campos neta - IMP

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